domingo, 21 de agosto de 2011

Gestão de Projetos - Remédio que funciona

Quando a gente é criança não gosta de tomar remédio que não seja doce. Então os pais tentam explicar a importância, e quando não tem jeito, acabam obrigando a criança a fezer uso do medicamento, para o próprio bem dela.

Algumas organizações (talvez muitas), se comportam do mesmo modo. Os sintomas são clássicos: ineficiência, ineficácia, ausência de alinhamento entre a estratégia e as ações, custos elevados, atrasos constantes, equipes inadequadas, entre muitas outras. O remédio é mais do que conhecido: gerenciar seus projetos.

Então, as desculpas são as mesmas. Temos outras prioridades, não temos tempo pra isso, gerenciar projetos custa dinheiro, já somos bons e não precisamos, e a lista continua. Bem, o que pode ser mais importante e prioritário do que se organizar para enfrentar seus desafios? Especialmente quando os desafios não estão sendo vencidos.

As empresas privadas, que dependem da própria eficiência e eficácia para sobreviverem, já entenderam o recado há muito tempo. É difícil encontrar uma que já não faça uso da gestão de projetos em algum grau. Mas as organizações públicas, cuja perenidade nem sempre está associada aos seus resultados, relutam em aceitar o remédio.

Nesse quadro, o Tribunal de Contas da União (TCU), e a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), coordenadora do SISP a partir do Ministério do Planejamento (MPOG), estes dois órgãos atuam como os pais. A SLTI explica a importância e necessidade do remédio, que tem até bula: a Instrução Normativa 04 de 2010. O TCU audita de maneira cada vez mais efetiva e abrangente, para ter certeza de que o remédio está sendo tomado de acordo com a bula.

Esta IN 04 trata de 8 principais processos, sendo que os 6 mais importantes e mais bem abordados são todos de planejamento.  Fica clara a marca da gestão de projetos desde o primeiro processo, "Iniciar Contratação", onde há forte preocupação em ligar a aquisição ao modelo estratégico da organização. Depois vem o "Estudo de Viabilidade", esse processo desconhecido por muitos. O "Planejar Sustentação" está muito ligado à continuidade do negócio. O processo "Analisar Riscos" se preocupa em encontrar os problemas antes deles acontecerem, e se preparar para eles. Em todos os processos há uma clara identificação com as áreas de conhecimento da Gestão de Projetos.

O fato é que o remédio é benéfico e necessário. Os pais já explicaram a importância. Cabe às organizações fazer uso dele.