Quem já foi meu aluno,ou conviveu comigo profissionalmente (e até não profissionalmente), deve ter ouvido a seguinte "pérola": Há dois tipos de pessoa - a que faz e a que procura uma boa desculpa pra não fazer. Sempre disse isso em sala de aula, em palestras, e em conversas com os colegas de trabalho. E por um simples motivo: acredito nisso, e isso tem sido a tônica da minha vida até aqui.
Fico triste de dizer, mas a maior parte dos profissinais por aí são do tipo que procura uma boa desculpa pra não fazer, e isso se estende a diversas áreas da vida. O cara não faz faculdade porque os pais não o apóiam. Não consegue um trabalho legal porque não tem oportunidade. Não brilha no emprego porque não ganha pra isso. Não resolve aquele problema difícil de programação ou de configuração da rede, porque é mais fácil deixar como está. Não faz um curso porque a empresa não investe. Aliás, o bairro onde ele mora não tem infraestrutura, a cidade também não é muito legal, e até o País não presta. Tudo é uma boa desculpa pra esse cara continuar produzindo o que ele sabe fazer melhor: nada.
Mas o fato é que a vida passa, e não tem jeito, a gente vai envelhecendo. E começa a chegar a hora de mostrar resultados. Seja pro cônjuge, para os filhos, para os pais, para a comunidade em que vivemos. Cadê a nossa contribuição? Talvez, mais importante do que tudo isso, temos que mostrar os resultados para nós mesmos.
E aí, nessa hora, não adianta ser campeão moral e nem ter jogado bonito; a gente tem é que mostrar o caneco. Mesmo que tenha sido ganho em partida de meio a zero, não interessa. O importante é ter feito.
Já um bem elaborado corolário de desculpas não ganha jogo, não faz resultado, não ganha respeito e nem leva à realização pessoal.
Gary Hammel, da Harvad Business School, diz que somos definidos pelas causas que defendemos e pelos problemas que lutamos para superar. Então, como você se define? Alguém que faz, ou que procura uma boa desculpa pra não fazer?
Nenhum comentário:
Postar um comentário