As vezes estamos sobrecarregados, mais tarefas estão caindo em nosso colo, e nossa equipe não dá conta. Com o aumento exponencial da competitividade e com as aumentadas exigências do clientes isso é normal acontecer, certo? Sim, é verdade, mas acontece mais com quem não sabe delegar.
Geralmente não delegamos porque não reconhecemos os próprios limites (somos demais!) ou porque não conseguimos nos organizar para delegar. Isso mesmo, delegação é igual a organização. Não é só largar um problema na mão de alguém e dizer “boa sorte”, “Deus te abençõe”, ou coisa assim.
Quem delega precisa monitorar, acompanhar os resultados, fornecer os recursos necessários. É preciso ser organizado e ter continuidade de propósito. Do contrarário, em pouco tempo, a delegação se torna apenas um jeito de passar a bola pra outro. Por isso, tem gente que, por não conseguir se organizar, delega, vira bagunça, e depois centraliza tudo de novo. Nesse caso, a delegação iria muito bem com a gestão de projetos, porque permite definir marcos e entregas que podem ser acompanhadas.
Por outro lado, tem gente que não delega porque acha que sabe fazer tudo melhor do que qualquer um de sua equipe. E as vezes sabe mesmo. Mas o resultado a longo prazo é que essa pessoa sempre será boa nisso, porque é sempre ela quem acaba fazendo, e sua equipe nunca será, já que não tem liberdade para fazer. É preciso deixar a equipe fazer, e tolerar erros até certo ponto, já que o erro faz parte do aprendizado. O resultado de longo prazo vale a pena. A gestão de projetos também se aplica, porque a cobrança, em vez de ser aquela coisa chata por ser diária (e aí, como está indo o projeto?), se torna mais aceitável por ocorrer apenas nos momentos dos marcos e entregas pré-definidos.
Se não está claro, isso vai ajudar. Muitos de nós já somos pais e mães. Se não formos, com certeza somos filhos. Pense na delegação como uma tarefa que precisa ser realizada pelos pais. Quando a criança é bem pequena não sabe andar, e por isso os pais sempre estão com ele no colo ou no carrinho. Ao passo que a criança cresce, os pais deixam ela ir aprendendo a engatinhar e a andar sozinha. Os mais centralizadores compram andadores, e há até aqueles que pensam em adquirir capacete e joelheira. Mas eles tem que delegar, deixar o filho andar por conta própria. Imagine ter de carregar no colo um marmanjo de 15 anos de idade! Por outro lado, enquanto aprende a criança até cai de vez em quanto. Mas levanta, aprende, e cresce. Não é para abandonar à própria sorte, vale dar a mão e ficar por perto para evitar as quedas. Mas não dá pra fazer por ele.
E então, vai deixá-los crescer?
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